Quem já participou de um workshop de OKRs espera sair de lá com clareza, engajamento e alinhamento. Mas antes de marcar uma sessão para toda a empresa, existe um passo que quase sempre é esquecido: o alinhamento prévio dos dez parâmetros universais de implantação. O que isso significa na prática? Significa definir antes o escopo, as regras do jogo, o que é OKR, o que não é – e só então partir para o workshop em si.
Parece um detalhe, mas não é. Já presenciei um caso em Paris, onde a empresa pulou essa etapa. Começaram “pelo fim”, com um grande workshop para todos. O resultado foi confuso: líderes inseguranças, discussões improdutivas e, no fim, ninguém sabia qual direção seguir.
Antes do workshop, sessions rápidas de coaching para alinhar parâmetros aumentam muito as chances de sucesso. Nelas, define-se como OKRs serão usados, quantos objetivos cada time terá, como será o acompanhamento, entre outros pontos.
Como planejar workshops de OKRs: do alinhamento ao engajamento
Com os parâmetros alinhados, é hora de planejar o workshop de treinamento. Muitas dúvidas surgem nesse momento: devo fazer remoto ou presencial? Quem precisa participar? Como montar uma agenda que seja prática e não massante?

Vamos por partes:
- Tipos de workshops
- Como estruturar a agenda
- Participantes
- Dinâmicas interativas
- Pré-leituras e materiais
Tipos de workshops de OKRs
Existem pelo menos três formatos clássicos:
- Top-level: Focado em lideranças. Ideal para estruturar ou revisar OKRs estratégicos, alinhando a visão da empresa. CEO, diretores e gerentes são o público-alvo.
- Expert-training: Para formar coaches internos, multiplicadores ou champions de OKRs. Aqui, o objetivo é preparar pessoas para orientar times.
- Workshops para times: Se concentram na prática de criar OKRs diretamente ligados à operação e aos resultados do dia a dia.
- Além desses, às vezes surgem sessões específicas para champions dos key results (quem vai cuidar das métricas principais) ou foco em check-ins e revisões de ciclo, quando o objetivo é consolidar acompanhamento e aprendizados.
Cada tipo exige agenda, resultados esperados e público próprios. O segredo está em deixar isso bem explícito no convite. Evita frustrações e aumenta o comprometimento.
Como estruturar a agenda: do começo ao fim
Como todo bom evento, a abertura faz diferença. O ideal é pedir apresentações rápidas dos participantes: nome, tempo de casa, cargo e o que esperam dos OKRs. Isso aquece o grupo e dá tempo para quem chegou atrasado não perder o começo mais conceitual.
“A participação começa no primeiro minuto.”
Após as apresentações vem a agenda, que deve se dividir em duas partes:
- Teoria: Breve, objetiva, baseada na prática. Fale do histórico, definição, mitos e verdades. Mostre exemplos de bons (e maus) OKRs e foque nos erros mais comuns e como evitá-los. Se possível, adapte conforme o estágio da empresa: quem nunca criou OKRs precisa de conceitos básicos, quem já aplica pode avançar em nuances, como diferenças entre OKRs individuais e em time.
- Prática: Desafie todos a escrever, revisar e melhorar OKRs, de verdade.
Uma rota: se a empresa já começou a usar OKRs, vale abrir espaço para um rápido balanço do que funciona bem e o que poderia melhorar. Ouvir honestamente quem está na linha de frente traz aprendizados valiosos.
Durante a teoria, busque intervalos com pequenas dinâmicas. Atenção raramente dura mais de 15 minutos seguidos. Uma dinâmica simples: apresentar uma lista de métricas usadas pela empresa e, juntos, classificar cada uma como health metric ou key result.
- Health metrics: Métricas de monitoramento contínuo, que só viram prioridade se saírem da faixa considerada “saudável”. Exemplo: NPS, índice de ausência.
- Key results: Métricas diretamente relacionadas ao objetivo do período, as que mostram progresso de fato.
O ponto é reforçar que nem toda métrica é key result, health metrics viram prioridade só quando alarmam e, dependendo do contexto, uma métrica pode migrar de categoria.
No fim da teoria, apresente um a um os parâmetros de implantação já definidos no coaching prévio, dando exemplos reais, como limitar a apenas um objetivo por time no primeiro ciclo. Transparência nessas regras evita debates intermináveis depois.

Quem deve participar dos workshops?
Defina o público conforme o objetivo:
- Workshops para lideranças: CEO, diretores, gerentes. Sessões mais curtas (teoria no máximo duas horas) e foco prático: rascunhar ao menos um OKR estratégico contextualizado no planejamento da empresa. Recomenda-se agendar junto (ou logo após) algum momento de revisão estratégica, tipo um retiro de liderança.
- Workshops para times: Inclua todos que vão criar ou usar OKRs. O facilitador precisa garantir que pessoas-chave do time estejam presentes para evitar retrabalho.
- Expert-training: Os futuros coaches internos precisam de mais conteúdo sobre boas práticas, erros comuns, dicas de facilitação e exemplos práticos.
Workshops presenciais de dia inteiro permitem criar e debater mais OKRs. Se for meio período, ajuste a expectativa: um OKR e um key result bem refinado já são resultado de valor.
No remoto, sugere-se dois encontros de duas horas cada: um para teoria e início da criação; outro para revisão e refinamento. Isso reduz a fadiga e aumenta o aproveitamento.
O que fazer na prática do workshop
A segunda metade do workshop foca na aplicação. Uma agenda prática, que costuma funcionar:
- 1h de elaboração em grupo dos objetivos e dos primeiros key results
- 1h de trabalho em subgrupos para criar novos key results ou aprimorar os já pensados
- 1h de relato e feedback entre subgrupos
- 45min para refinamento (agora mais alinhados e conscientes dos parâmetros)
- 45min de relato final e discussão dos resultados já refinados
- 30min para fechamento e próximos passos
Em workshops de até quatro horas, enxugue etapas, focando em pelo menos criar um OKR de qualidade e destrinchar os principais pontos de atenção.
“OKRs se aprende praticando, não só ouvindo.”
Leituras prévias e materiais recomendados
Além de enviar com antecedência os parâmetros definidos no coaching, recomenda-se que os participantes leiam artigos sobre OKRs específicos para PMEs, como como transformar estratégia em resultados em PMEs, evitem armadilhas comuns (ver 5 erros comuns ao acompanhar OKR em PME), e se aprofundem em temas como key results: como definir, medir e garantir alinhamento. Há ainda uma coletânea relevante de conteúdos em OKR e metas e insights sobre execução em execução e ritmo.
Para materiais, prepare:
- Slides simples (definições, exemplos, parâmetros da empresa)
- Modelos de planilhas para exercícios práticos
- Quadros/branco ou ferramentas virtuais de post-its para dinâmicas remotas
- Lista de métricas atuais da empresa
- Agenda impressa e checklist dos combinados
Pequenas imperfeições são normais. Não espere um superprojeto visual. OKRs não precisam disso para gerar valor real.
Adaptando para a realidade da PME
Workshops bem-sucedidos nas PMEs atacam o problema da dispersão de esforços e falta de visibilidade, como a StayAlign vem mostrando. Ao arrumar a casa nos bastidores com coaching dos parâmetros, o workshop se transforma em espaço de criação, debate saudável e construção coletiva.
“OKR forte nasce de alinhamento prévio. Workshop vira só o segundo passo.”
Se ficar alguma dúvida, exemplos, roteiros de agendas e dicas extras podem ser encontrados nos conteúdos do blog. E, claro, a própria StayAlign tem recursos e IA para apoiar em toda a jornada, do desenho dos objetivos às tarefas diárias.
Conclusão
Planejar e aplicar workshops de OKRs nas PMEs só faz sentido quando já existe um alinhamento dos dez parâmetros universais, normalmente feito em sessões rápidas de coaching. O workshop não é um ponto de partida solto, mas o segundo passo para transformar estratégia em ação de maneira leve e coletiva. A prática é o coração do aprendizado, e o sucesso mora na combinação entre clareza e engajamento. Para cada dúvida que surge no caminho, tanto o blog quanto a plataforma da StayAlign estão prontos para ajudar você a criar uma cultura de resultados conectados e visíveis, tornando cada ciclo de OKRs mais simples, e mais útil, para sua empresa.
Perguntas frequentes sobre workshops de OKRs
O que são workshops de OKRs?
Workshops de OKRs são encontros estruturados para ensinar equipes e líderes a definir, entender e pôr em prática a metodologia de objetivos e resultados-chave. Além de conteúdo teórico, envolvem exercícios práticos, dinâmicas interativas e muita troca de experiências.
Como planejar um workshop de OKRs?
O planejamento começa com o alinhamento prévio dos parâmetros de implantação, seguido da definição clara do tipo de workshop, público-alvo, duração, agenda dividida em teoria e prática e materiais necessários. É importante prever dinâmicas interativas e reservar tempo para exercícios em grupo e feedbacks.
Quais os benefícios dos workshops de OKRs?
Workshops bem desenhados ajudam times a alinhar expectativas, fortalecer o entendimento sobre o método, praticar a criação de OKRs conectados ao dia a dia e eliminar dúvidas persistentes. Incentivam engajamento e aumentam a transparência sobre metas e responsabilidades.
Quanto custa realizar um workshop de OKRs?
O custo varia conforme o formato (presencial ou remoto), número de horas e perfil dos facilitadores. Na StayAlign, os preços da plataforma já incluem muitos recursos de suporte ao treinamento para PMEs, tornando o processo acessível para empresas de até 100 colaboradores.
Como engajar a equipe nos workshops?
O segredo está em começar com apresentações rápidas, investir em dinâmicas práticas, mostrar exemplos reais da empresa e garantir espaço para dúvidas e sugestões. A participação dos líderes e o uso de ferramentas que simplificam o processo, como a da StayAlign, também aumentam bastante o engajamento.
